Eles são árvores e plantas comuns, ou seja: sem alterações de ordem genética, mas que, com a poda da raiz, o corte e o direcionamento de galhos e o desbaste da copa – sempre executados com conhecimento e regularidade – desenvolvem-se em escala menor do que seus similares encontrados na natureza. Essa miniaturização vegetal começou na China há mais de 1 000 anos, mas acabou se consagrando mesmo no Japão. Curiosamente, o bonsai não é uma invenção humana. Os primeiros praticantes dessa arte observaram árvores anãs e saudáveis que cresciam em pequenos nichos de pedra, com pouca afluência de água, ou sob o ar rarefeito de altitudes elevadas. “Ao pé da letra, bonsai quer dizer bandeja com plantas. Ele pode ser feito por qualquer pessoa com princípios básicos de jardinagem”, afirma o professor de Bonsai Mário Alberto Garcia Leal, de São Paulo.
Em geral, a raiz precisa ser podada uma vez por ano, quando a árvore é jovem, e uma vez a cada cinco anos, quando é adulta. A copa é debastada uma ou duas vezes por ano. Tudo isso diminui a quantidade de água e nutrientes absorvidos e, por fim, altera o processo de crescimento do vegetal. Os bonsais padrão têm cerca de 60 centímetros de altura e podem viver mais de um século. Algumas espécies dão resultados estéticos melhores, como os pinheiros e as árvores frutíferas. Há bonsais grandes, médios e pequenos. Os menores que existem são conhecidos como mame e cabem na palma da mão.
Via: Mundo Estranho